sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Construir uma imagem conceitualmente.

O Branding é algo que se estuda desde que se inventou a sociedade industrial.Alfinal o produto é a cara que ele tem.Em muitos casos,chega ser mais importante que os insumos envolvidos na sua real construção.Henri Ford,foi o primeiro a trabalhar esse conceito.Estudando os anais da história,vemos o quão revolucionário e assustador,foi a criação do carro.Um conceito que fora rechaçado por várias parcelas da sociedade.Até pedra jogaram.Um caso sui generis,na criação de um produto,que veio para alimentar e fomentar a indústria,como a conhecemos hoje.Ford,absorveu o golpe,trabalhou o conceito,com mais conceito.Inaugurando várias técnicas e conhecimentos sobre a economia do comportamento.
Atualmente,nossas trincheiras continuam povoadas de conceituadores.A criação de uma imagem,é um trabalho conceitual.Puramente ideológico.Mas sem o viés político,para ser exato.A construção da imagem de alguém,segue os mesmo parâmetros de criação,de um produto.Quando percebemos que as marcas das grandes empresas e as mesmas,tentam imprimir uma imagem que será seu signo.Um cheiro,uma cor...o clima de trabalho dentro da empresa.Tudo isso somado tenta criar o que chamaremos de marca...de conceito.
Portando isso para o nível das pessoas,a mesma dinâmica é empregada.Uma personalidade quando se torna pública,precisa ser pautada,para não fugir do conceito,que ela está associada.E até aqueles que não se identificam com conceito algum,mas possuem uma personalidade marcante,também estão associados a um conceito.Todos os grandes filósofos,são unânimes em admitir que o mundo que assistimos é um mundo de ideias.Tudo é conceitual.
Portanto,quando estamos empreendendo a construção de uma marca,da construção de um conceito,que irá nortear uma personalidade,precisamos estar atentos que tudo o que está pessoa dirá,fará e expressará,será parte desta "campanha" de branding.Tudo está incluso e tudo influenciará no resultado.
Essa questão é mais nevrálgica com artistas e políticos.Os primeiros,vivem em um ambiente interno e normalmente externo,visto como permissivo.Ora,afinal a arte pode tudo.Mas nem tudo é permitido ao artista como pessoa.Citamos o exemplo da divina ou quase,Amy Winehouse.Uma artista excepcional,ela flerta com a genialidade.Mas sua imagem anda tão desgastada com a toxicomania,com os excessos e a falta de compromisso com o trabalho,que um dia pagaria o preço por isso e parece que já começou a pagar.Sua fortuna de diminui em U$25 milhões,diz ela que está dura.Precisa voltar a trabalhar.Resta convencer os investidores que seu show e que sua presença nos palcos sã,sóbria e presente,estará garantida.Uma pena.Mas dinheiro não aceita desaforo.
Vemos outro exemplo,Romário.O cara é um ídolo ainda no mundo todo.Garoto pobre que alcançou o topo.Uma estória pessoal que flerta com a lenda.Mítico.Sua vida real,cotidiana,não reflete o mito.Viveu sempre se envolvendo em polêmicas e escandâlos.Também já está pagando um preço alto.Ainda tem a chance de ser um grande político e reescrever a própria estória.Mas nunca esquecendo que Política é a terra do conceito...das imagens.Um erro será fatal.
O conceito desse texto,resumindo é,sai muito mais barato,ainda que seja mais demorado e laborioso,construir uma imagem que concertá-la.Destruí-la é mole,mantê-la é trabalhoso e construí-la é um exercício de médio longo prazo.Um artesanato.

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