segunda-feira, 24 de maio de 2010

Após a Sustaintability Peer Fórum.Podemos destacar as 9 tendências que marcarão o mercado sustentável nos próximos anos.
Esses destaques estão resumidos nos seguintes itens:



1 – Relatórios obrigatórios de emissão de carbono estimularão o desenvolvimento de software.

Iniciativas de sustentabilidade não ganharão importância por causa da responsabilidade social corporativa (CSR), mas sim porque as empresas finalmente entenderam o valor financeiro destas práticas. Sim, as companhias estão se comprometendo com iniciativas de sustentabilidade e, sim, estão agindo dessa forma porque compreendem sua relevância para o negócio. Mas a questão mais interessante é como elas implantarão práticas sustentáveis integradas às suas operações.

Acreditamos que as empresas cada vez mais buscarão ajuda da TI. Em janeiro deste ano, a exigência do relatório de carbono da Environmental Protection Agency (EPA) entrou em vigor e se aplica a todos os negócios que produzem 25 mil toneladas métricas ou mais por ano de gases do efeito estufa. As fábricas que produzem 13 mil ou mais agora terão que divulgar suas emissões a cada janeiro. Essa mudança certamente estimulará o desenvolvimento de software para planejamento, registro e controle de emissões de carbono. É provável que a funcionalidade de gerenciamento de carbono seja integrada a ERP e a aplicações financeiras.


2 – As diretrizes da SEC para descoberta de riscos climáticos devem aumentar a transparência, mas não representa um divisor de águas.

No dia 27 de janeiro, a Securities and Exchange Comission (SEC) forneceu diretrizes sobre riscos associados com a mudança climática. A SEC pediu que as companhias urgentemente revelassem a investidores como os impactos da mudança climática são um risco real à sua saúde financeira. O risco climático pode surgir de diferentes maneiras: danos físicos (por exemplo, um banco com um portfólio de propriedades em áreas costeiras que podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar) ou regulamentações (por exemplo, um negócio que emite grandes quantidades de carbono pode ser prejudicado financeiramente como conseqüência dos novos limites de emissão de CO2).

A maioria das grandes empresas americanas já divulga suas emissões de CO2 para instituições como o Carbon Disclosure Project (CDP), e diversas delas já seguem as normas da EPA. Entretanto, simplesmente incluir essa informação em documentos enviados à SEC pode não ser suficiente. O maior desafio será revelar esses dados com as futuras regras de controle de CO2 e explicar como isso interferirá na saúde financeira do negócio.


3 – A mobilidade inteligente vai decolar

Motivadas por iniciativas de sustentabilidade e novas regras de emissão, praticamente todas as fabricantes de automóveis tem planos de lançar um modelo de carro elétrico ou híbrido entre 2010 e 2013. Muitas já tem carros conceituais que estão começando a ser produzidos, entre os quais se destacam o Chevy Volt e o Nissan EV-02. Mas a novidade não é que grandes fabricantes estão fazendo carros elétricos – isso foi notícia em 2009. O que mais chama a atenção atualmente é que automóveis verdes parecem fazer parte de uma nova tendência de mobilidade inteligente.

Mobilidade inteligente tem diferentes significados, porém essencialmente é definida como uma infraestrutura sofisticada de transporte e gerenciamento de demanda móvel, assim como sistemas urbanos ecológicos que suportam longos trajetos não motorizados. Fique de olho em uma interessante confluência do modelo de novas energias com o design sustentável para sistemas urbanos.

4 – Edifícios verdes, especialmente aqueles que passarão por reformas, serão protagonistas de um setor em expansão

De acordo com um relatório da McGraw-Hill Construction, construções verdes atualmente representam entre 5% e 9% do mercado de reformas, movimentando entre 2 bilhões e 4 bilhões de dólares. Até 2014, essa proporção deve crescer de 20% a 30%, se convertendo em um mercado de 10 bilhões a 15 bilhões de dólares, orientado principalmente a reformas. Considere inscrições de projetos LEED em 2010. A maioria delas é para reformas de edifícios e não para construção de novos.

O desejo de reduzir emissões de carbono também afetará mais agências governamentais, exigindo que elas transformem seus edifícios em construções mais verdes. Fornecedores como a Autodesk, que cria software de design 3D que facilita práticas de construções sustentáveis, terão resultados positivos. Na verdade, a Autodesl recentemente se uniu com o Conselho de Construções Verdes dos EUA com o objetivo de integrar sua tecnologia com o sistema de classificação LEED. Um bom software de design significa design superior, que por sua vez quer dizer uso otimizado de recursos e redução de desperdício.





5 – Os EUA finalmente aprovarão a lei para limitar a emissão de CO2, embora ela deva ser módica

A Câmara dos Deputados aprovou uma legislação histórica para questões energéticas e climáticas seis meses atrás, mas ela ainda não foi liberada pelo Senado. O esquema de “cap and trade” (estabelecimento de um limite de emissões sem penalização e a permissão de troca de créditos de carbonos entre países) sempre foi o alicerce da legislação climática proposta, porém no contexto atual não é certo que ele seja parte do acordo final. Os esforços do Senado para um compromisso poderiam incluir novas iniciativas para desenvolvimento de petróleo e gás, construção acelerada de usinas nucleares e investimentos em pesquisas para absorção e armazenamento de carbono.

De todas as formas, o presidente americano Barack Obama considerou suficientemente relevante este tema para mencioná-lo no seu discurso do estado de União, no qual pediu que o Congresso legalizasse normas abrangentes de energia e mudança climática que, segundo ele, criarão empregos, reduzirão a importação de petróleo e diminuirão as emissões de CO2.

6 – Tecnologias limpas continuarão sua trajetória ascendente e se consolidarão



Investimentos no setor de tecnologias verdes dispararam de 0.9 bilhões de dólares a 4 bilhões de dólares e então para 8.5 bilhões de dólares nos seis anos desde que essa categoria foi criada, em 2002. Durante a recessão de 2009, os investimentos diminuíram para 5.6 bilhões de dólares.

Previsões afirmam que o investimento em tecnologias verdes em 2010 se recuperará e ultrapassará os números de 2009. Entretanto, analistas também estimam que haverá mudanças em setores e geografias nos quais houve investimento excessivo nos últimos anos. Por exemplo, fabricantes de equipamentos para energia solar da China passarão por uma consolidação, apesar do crescimento do mercado chinês geral de energia renovável. Os principais setores de tecnologias verdes atuais são o de energia solar, transportes e eficiência energética.

7 – A escassez de recursos ganhará mais relevância na pauta climática



Embora o dióxido de carbono represente o principal desafio por causa da mudança climática e da urgência em reduzir as emissões, seremos forçados a prestar atenção em outros fatores como a escassez de água. Em breve, a escassez, a poluição e a competição pela água poderão afetar as operações e a cadeia de abastecimento da sua companhia. Cortes de fornecimento, gastos, perda de receita ou recursos mais restritos provocados por algum desses três problemas podem gerar impactos negativos no desempenho operacional e na lucratividade. A geração de energia termal, principalmente por carvão, exige grandes quantidades de água para o processamento e o esfriamento. Já houve casos de usinas deste tipo parar de funcionar devido à falta de água em regiões dos EUA.

Em 2010, aguarde discussões sobre a crise global de abastecimento de água potável e uma resposta cada vez mais evidente de setores como o da construção imobiliária, que desenvolverá tecnologias para conservação da água. Também preste atenção em como as indústrias tornarão suas operações mais ecologicamente sustentáveis para preservar margens de lucro.



8 – Eficiência energética e TI formarão um par perfeito

A eficiência energética finalmente protagonizará a pauta para 2010. Até agora ela era vista como uma questão menos importante em comparação com energias renováveis e tecnologias verdes, mas as empresas se deram conta de que a eficiência energética possui uma característica única: um custo relativamente barato. Mesmo quando exige um investimento inicial, a eficiência energética permite a recuperação desses gastos em pouco tempo e tende a se manter eficaz no longo prazo.

Muitos analistas ressaltaram o fato de que a melhor maneira de atingir essa eficiência normalmente envolve inovação de software e TI. TI e sistemas inteligentes podem aumentar drasticamente a produtividade e o otimizar o uso de recursos. E qualquer produto relacionado com eficiência energética ganhará popularidade. Cada uma das propostas legislativas sobre energia e clima inclui capital e incentivos para a eficiência energética. Contudo, organizações de TI ou produtoras de software que possam se posicionar como provedores de soluções para esses temas tendem a obter notório sucesso.





9 – Goste você ou não, a classificação ecológica dos produtos será indispensável

O Índice de Sustentabilidade de Produto do Walmart influenciará no mínimo 100 mil fornecedores. As implicações desse método incluem a disseminação de exigências de divulgação de informações relacionadas ao comportamento sustentável de fornecedores.

Criar capacidade de fornecimento será importante. Companhias progressivas buscarão parcerias com fornecedores. Consequentemente, mais produtos com certificados ecológicos chegarão ao mercado.

Mas o que realmente se tornará popular em 2010 é a idéia de oferecer um panorama completo do ciclo de vida dos produtos ou serviços, independente de ser um par de calçados, um carro ou um computador. Disponibilizar estimativas e dados sobre os recursos naturais que se consomem para produzir bens é a melhor maneira de salvar o planeta? Temos nossas dúvidas. De qualquer forma, a era das etiquetas e certificados ecológicos está chegando.

fonte,Gartner/Info


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Obama exige caminhões mais limpos.

A União de Cientistas Preocupados, um grupo de defesa do meio ambiente, afirmou que caminhões representam apenas 4% de todos os veículos dos EUA, mas consomem mais de 20% do combustível para transporte.
Essa é a ideia por trás do plano nacional de veículos auto-motores nos EUA.Novos padrões de emissões estão sendo criados e entrarão em vigor em 2012 e 2016.Mas em 2017 novas regras mais rígidas entrarão também vigor.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

APP e reservas legais de acordo com o "Novo Código Ambiental"

O novo código ambiental que está em tramitação no congresso nacional,de acordo com estudos realizados pelo Prof.Gerd Sparovek da FAculdade de agricultura da USP,irá permitir aos produtores rurais desmatar mais de 100 milhoes de hectares.Um absurdo,pois não.
O que temos visto nas últimas décadas,foi que a modernização das técnicas agrícolas e pecuaristas,não trouxe uma produtividade otimizada.Produz-se muito,porém produz-se mal.Usa-se o máximo de espaços,em áreas que poderiam e deveriam ser protegidas.
A bancada ruralista,argumenta que se tiver que proteger 60 metros de área por hectare,inviabilizará sua produção.Para reforçar esse argumento,usam um estudo realizado por um pesquisador da Embrapa,Evaristo Miranda.Que afirma que as reservas legais inviabilizará a produção agrícola e pecuarista.
A questão é que de acordo com a visão deles,as reservas legais deveriam ser contabilizadas levando em consideração as reservas indígenas na Amazônia.Ora,se já áreas de preservação indígena para que então criar mais áreas de proteção ambiental?Ora pois,as reservas indígenas são para uso de subsistência dos índios.Eles também comem.Está se confundindo,até propositalmente uma questão com a outra.È preciso preservar os índios e também preciso preservar as matas em volta dos índios.
A Amazônia para não desaparecer como fauna e flora,precisa manter-se protegida com matas em pé na ordem de 60% de sua cobertura vegetal.Assim permite-se a percolação das espécies.Percolar é quando os animais circulam e passam a influenciar seu ecossistema.A falta disso,produz-se a extinção de várias espécies.A Mata Atlãntica e Caatinga,são exemplos de áreas que tiveram suas coberturas vegetal dizimadas para mais de 60% e ocorreram extinções de várias espécies.
Minha esperança é que a força do mercado,imponha bom senso,mesmo aqueles que não a possuem e conceda a consciência ambiental necessária para preservação das espécies.
Não sou em absoluto contra o agrobusiness.Acredito na força produtiva do campo para o enriquecimento do Brasil e do povo.Mas otimizar os recursos naturais é uma necessidade urgente a todos nós.

O novo código ambiental e a consciência ambiental postiça da bancada ruralista e dos produtores.

O AgroBusiness no Brasil é um dos mais pujantes e eficientes.Seu reconhecimento é mundial.No entanto,ainda há muita resistência entre os produtores agrícolas e pecuaristas em se adequar a culturas mais sustentáveis.A cultura do desmatamento,é resultante de séculos de exploração do solo.Sempre se desmatou considerando que o progresso e a produção,seriam razões suficientes para justificar qualquer devastação.Afinal estamos produzindo,pensam os produtores.Impor uma lei de reserva legal de 18% das propriedades,para produtores que nunca pouparam a terra,é uma temeridade.Consciência ambiental não se faz na lei.A lei é necessária,mas o que vai mudar o curso da prosa,será o mercado.Este ente que todos respeitam.Quem vende madeira não certificada,gado que pasta área desmatada,soja plantada em outrora matas e por aí vai...esses sim,receberão o recado do mercado.Embargos,alíquotas e resistência na hora de venderem seus produtos.É a força da grana que dará a "consciência ambiental" aos produtores brasileiros

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Trailer do Wiser Earth

Rede Social Sustentável-Sim existe!










Amigos,todo dia somos bombardeados de convites para aderirmos a essa ou aquela rede.As vezes,nenhuma dessas é capaz de atender nossos anseios.Mas eis que surge a Wiser Earth,uma rede social específica para nós,ativistas e pessoas que tem um interesse comum,que é contribuir para o progresso da sociedade e manutenção do nosso meio ambiente.
Adiram e conectem-se a esse amigo que vos fala e a outros.E vamos fazer diferença.

domingo, 2 de maio de 2010

O surgimento de um Mercado de emissões voluntárias em Sampa.

Em São Paulo surge uma iniciativa que poderá se copiada pelo restante do país.A CETESB,A FIESP,Bovespa e Investe São Paulo( Uma agência de fomento),criarão um protocolo de cooperação técnica,baseado na poluição do ar.
Será emitido certificados de emissões para compensar o excesso de poluição do ar.Se uma empresa quiser se instalar em uma região e esta região estiver com níveis de poluição altos demais,poderá comprar esses créditos para compensar suas atividades.
Muito louvável essa inicitiva,esperamos que se torne um padrão nos negócios no Brasil e passe a fazer parte da políticas públicas nos Estados.
Nós aqui no Blog,estamos batalhando pela aprovação em lei da obrigatoriedade da realização de inventários de carbono,como forma de iniciar políticas de emissão e redução.Saber quanto se emite é condição sine qua non para se empreender políticas e medidas de redução.Esperamos que em breve,o inventário de carbono,tenha a mesma importância que uma entrega de livro caixa,na obtenção de um alvará e concessão de crédito.