quarta-feira, 14 de abril de 2010

REDD indígena no Brasil

O Protocolo de Kyoto perderá sua função em 2012 e será supostamente substituído pelo REDD,como forma de proteção das matas.Na forma atual,as florestas de pé não são preservadas,contlempa-se com projetos e fundos somente projetos de desmatamento.Um grande incentivo ao desmatamento e a crição de florestas exôgenas ao ecossistemas.Visto que nunca conseguiram reconstruir uma mata idêntica a anterior.Florestas articifiais que levaram décadas até serem totalmente absorvidas pela natureza.
Nesse sentido,consideramos o REDD,a maior e melhor alternativa ao Protocolo de Kyoto no que tange às florestas.O Brasil será o maior player mundial nesse segmento e já estamos dando exemplos edificantes.A reserva 7 de setembro dos Surui na fronteira entre Rondônia e Matogrosso.Trata-se de 248 mil ha,nos quais 243 mil são de reserva.Os índios estão criando um projeto de REDD,para proteger e levantar recursos que protegerão e financiarão a reserva durante 50 anos.É um projeto pioneiro,pois é o primeiro feito levando consideração o antropomórfico- o povo da região-.
Para saber quanto carbono deixará de ser emitido, técnicos do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesan) estão fazendo um estudo do estado de degradação da área e de como ela poderia ser recuperada a partir da adoção de atividades sustentáveis.
O modelo deve ficar pronto até o fim de junho. A partir dele, um plano deve ser desenvolvido até setembro.
A atividade econômica na reserva já deixou uma marca de degradação na terra. O primeiro contato com o homem branco, em 1969, fez a população cair de 5 mil habitantes para em torno de 250 pessoas. As doenças e os conflitos com os madeireiros ilegais levaram à escassez dos recursos.
A pesquisadora do Idesan Claudia Vitel diz que a definição desta variável permitirá estimar quanto carbono poderia deixar de ser emitido até 2050 a partir de atividades sustentáveis que podem "afetar a cobertura da terra no futuro".
Essa estimativa, a da quantidade de CO2 não-emitido é convertida em créditos de carbono, que são vendidos no mercado internacional. Uma tonelada de CO2 equivale a um crédito de carbono. O preço do crédito tem variado muito, está em torno de 13 euros (cerca de R$ 30).
Com o estudo, o Idesan quer obter certificações internacionais para garantir a validade do projeto e atrair recursos de investidores.O projeto de Redd mais citado e reconhecido no país, na Reserva Juma, no Amazonas, representa uma forma de ajuda para ribeirinhos, mas não necessariamente indígenas.Por isso do ineditismo dessa ação dos Surui.Esperamos que esse projeto seja um sucesso.

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